O Presidente da República, João Lourenço, defendeu esta segunda-feira, nos Estados Unidos da América, a necessidade de um esforço coordenado para se eliminar os conflitos, a instabilidade, insegurança e a imprevisibilidade que desencorajam o investimento e os parceiros internacionais.
Ao discursar na Cimeira sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), no âmbito da Semana de Alto Nível da 78ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, o Presidente disse estar consciente da relação de inter-dependência existente entre a paz e o desenvolvimento.
Segundo João Lourenço, que interveio na condição de presidente em exercício da SADC, Angola continuará a desenvolver acções com vista a concretização futura da visão 2050 da comunidade, que prevê uma região com estabilidade política e social, pacífica e desenvolvida do ponto de vista económico, de justiça e de liberdades.
Conforme o Presidente, esses objectivos (Visão 2050) que são específicos desta região e compartilhados pelos parceiros internacionais, serão concretizados com um esforço conjugado entre todos, mas com muito menos constrangimentos e obstáculos, se a situação entre a SADC e a comunidade internacional se desenvolver sem as medidas unilaterais punitivas contra os estados membros, como no caso da República do Zimbabwé.
Noutro domínio, o Presidente angolano referiu que a região da África Austral tem estado a ser sujeita a consequências das alterações climáticas, com todos os efeitos nocivos que este facto produz sobre as economias da região.
Sublinhou a necessidade de implementação da agenda internacional das alterações climáticas e de cumprimento das promessas de disponibilização de recursos financeiros, feitas pelos países desenvolvidos, a fim de, com alguns outros recursos complementares, se assegurar o financiamento da adaptação até 2025, para se alcançar os objectivos de recapitalizar o fundo verde para o clima.
Salientou a importância da cooperação global, solidariedade e da acção conjunta, para fazer face aos múltiplos e complexos desafios que o mundo enfrenta actualmente.
“Estamos perante uma ocasião em que a avaliação que fizermos a respeito do nosso desempenho vai permitir que tomemos as medidas para corrigir ou retificar tudo quanto nos parece não ter sido realizado da maneira mais adequada”, expressou o Chefe de Estado.
Acrescentou que se precisa de tornar o encontro “num verdadeiro ponto de viragem, para uma abordagem mais dinâmica, comprometida e engajada, tendo em vista o reforço do compromisso político e da mobilização de vontades capazes de ajudar a avançar em domínios, cujos resultados se reflectirão positivamente na melhoria das condições gerais de vida das nossas populações”.