O embaixador Nathan A. Sales, coordenador de contra-terrorismo no Departamento de Estado, terminou, hoje, 3, uma visita de dois dias a Maputo, na qual reforçou o compromisso americano de apoiar os esforços de combate ao terrorismo e ao extremismo violento em Moçambique.
Nos encontros com o presidente Filipe Nyusi e com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo, Sales salientou a necessidade da cooperação internacional para derrotar os terroristas que brutalizam e deslocam os civis em Cabo Delgado.
“Os Estados Unidos estão seriamente interessados numa parceria com Moçambique (…) estreitando a nossa amizade enquanto juntos enfrentamos o desafio do terrorismo,” disse o diplomata.
Sales, o mais alto funcionário do Governo dos E.U.A. a visitar Moçambique em 2020, é igualmente Enviado Especial à Coligação Global para Derrotar o ISIS (Estado Islâmico), e Subsecretário de Estado Interino para a Segurança Civil, Democracia, e Direitos Humanos.
A insurgência em Cabo Delgado iniciou em 2017, e as autoridades e estudiosos dizem que o grupo que lidera a violência está ligado ao Estados Islâmico, organização terrorista que, por várias vezes, reivindicou ataques.
A situação provocou a morte de, pelo menos, duas mil pessoas, e meio milhão de deslocados.
O embaixador americano em Maputo, Dennis W. Hearne, disse que o governo do seu país “está comprometido a trabalhar com o Governo de Moçambique – bem como outros parceiros de desenvolvimento, organizações da sociedade civil, e o sector privado – para promover a estabilidade e fortalecer a resiliência das comunidades moçambicanas afetadas pelo extremismo violento e terrorismo”.
Uma nota da missão diplomática americana diz que foram alocados 42 milhões de dólares para projetos humanitários e de desenvolvimento socioeconómico em Cabo Delgado, o que complementa as prioridades da Agência para o Desenvolvimento Integrado do Norte.
Além disso, acrescenta a nota, através de equipas médicas móveis, financiadas através do Plano de Emergência do Presidente dos E.U.A. para o Alívio do HIV (PEPFAR), os serviços de saúde que salvam vidas aos deslocados devido à violência continuam.