Os Estados Unidos acabam de reagir ao anúncio no sábado pela junta militar nigeriana da ruptura do Acordo de defesa com Washington. O porta voz adjunto do Departamento de Estado norte-americano Vedant Patel, ouvido por Guillaume Naudin nesta segunda-feira, alega terem sido pedidos alguns esclarecimentos sobre o caso.
Os Estados Unidos têm apenas uma outra base em África, no Jibuti. A base de Agadez, e a sua base aérea 201, conta com 700 dos 1 000 militares americanos estacionados no Níger.
A partida compulsiva dos Estados Unidos vai privar os americanos de uma base estratégica para o Sahel, e a Líbia, que é a via de acesso rumo ao Mar Mediterrâneo.
Os Estados Unidos que, para evitar este cenário, tinham assumido uma postura conciliadora com a junta militar.
Washington estaria agora à procura de uma alternativa. Bases conjuntas com a França até poderiam ser um cenário a equacionar na África ocidental, segundo observadores militares: Chade, Mauritânia, Benim ou Marrocos constam dos países citados.
O porta voz adjunto do Departamento de Estado norte-americano Vedant Patel, ouvido por Guillaume Naudin nesta segunda-feira, alega terem sido pedidos alguns esclarecimentos sobre o caso.
“Uma delegação americana de alto nível deslocou-se ao Níger na semana passada para abordar vários assuntos com a junta. Os Estados Unidos estão a par do comunicado da junta de 16 de Março anunciando o fim dos Acordos de cooperação militar entre o Níger e os Estados Unidos. Este comunicado ocorre na sequência de debates francos com a delegação americana sobre a trajectória da transição. Estamos em contacto com as autoridades para obter esclarecimentos sobre estas declarações e debater de novos passos suplementares. Temos o nosso embaixador e respectiva equipa lá e continuamos a debater com eles. A reunião da delegação incluiu trocas de ideias sobre vários temas. O caminho do Níger rumo a uma democracia liderada por civis, o nosso combate comum contra o terrorismo, incluindo o papel da ajuda de segurança americana, a importância de ver o Níger gerir as suas parcerias externas de acordo com o direito internacional.”