O Governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira, 6, o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim que se realizam de 4 a 20 de Fevereiro de 2022 na capital chinesa.
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse aos repórteres que a Administração Biden “não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial” por causa do “genocídio em curso na China e dos crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”.
Um boicote diplomático significa que nenhum funcionário dos EUA comparecerá a qualquer evento dos Jogos, mas os atletas americanos terão autorização para participar no evento.
“Os atletas da equipa dos EUA têm todo o nosso apoio”, acrescentou Psaki, reiterando que “estaremos 100 por cento a apoiá-los em casa”.
No entanto, concluiu, “não estaremos a contribuir para a fanfarra dos Jogos”.
O Presidente Joe Biden indicou no mês passado que considerava aplicar um boicote diplomático por causa das denúncias de abusos dos direitos humanos na China, incluindo a detenção de uigures muçulmanos na província de Xinjiang e a repressão às forças pró-democracia em Hong Kong.
Antes do anúncio da Casa Branca, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China acusou legisladores americanos de pressionarem Biden por um boicote diplomático por “arrogância”.
Zhao Lijian disse aos jornalistas em Pequim que a China tomaria “contra-medidas” se Washington fosse adiante com o boicote.
O boicote diplomático dos EUA evita uma repetição de 1980, quando o então Presidente Jimmy Carter impediu os atletas norte-americanos de comparecer aos Jogos Olímpicos de Moscovo por causa da invasão do Afeganistão pela União Soviética no final de 1979.