Os Estados Unidos e Cuba realizam mais uma ronda de negociações sobre migração, nesta terça feira, ao mesmo tempo que o Governo Biden prepara para acabar com as restrições impostas pela Covid-10 na fronteira que impediram os cubanos nos últimos meses de entrar nos EUA provenientes do México.
A reunião de alto nível em Washington segue-se a outra ocorrida em Havana em Novembro, um ano depois dos Estados Unidos retomarem as negociações, após as suspensões das mesmas durante a Presidencia de Donald Trump.
A representação americana em Havana retomou o processamento total de vistos de imigrantes e os serviços consulares em Janeiro pela primeira vez desde 2017, numa tentativa de conter o fluxo recorde do ano passado de migrantes do norte de Cuba para os Estados Unidos.
A reunião desta semana “representa uma continuação de nosso longo compromisso com Cuba em questões de migração como Estados vizinhos e se limita ao tema da migração”, disse uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA.
“Garantir uma migração segura, ordenada, humana e regular entre Cuba e os Estados Unidos continua a ser um interesse primordial dos Estados Unidos, consistente com nosso interesse em promover a reunificação familiar e promover um maior respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais em Cuba”, lê-se num comunicado.
O Governo de Cuba disse que também procura encorajar a migração legal e ordenada, mas há muito tempo responsabiliza o embargo dos EUA de estrangular a economia da ilha e encorajar seus os jovens a emigrar.
Um recorde de 220 mil cubanos foram apanhados na fronteira entre os EUA e o México no ano fiscal de 2022, que terminou a 30 de Setembro.
Outros milhares de cubanos tentaram a perigosa jornada para a Flórida em barcos e jangadas precárias.
Sob pressão de republicanos e alguns democratas, Biden adoptou medidas de segurança na fronteira mais restritivas em janeiro, fazendo com que o número de cubanos e outros migrantes capturados caísse.
Ao mesmo tempo, a Administração Biden alargou os meios legais para permitir que até 30 mil cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos entrem legalmente por mês caso cheguem de avião e tenham um patrocínio.