O ano de 2023 promete não ser fácil para o Estado português, com os juros a subir e um risco cada vez mais palpável de recessão à escala global.
Por outro lado, a folga orçamental possibilitada este ano pela subida da inflação tenderá a diminuir e haverá um impacto orçamental relevante devido aos previsíveis aumentos das pensões, das prestações sociais e dos salários da função pública. Apesar das privatizações dos anos da troika, o Estado tem ainda vários “anéis” que poderá vender para fazer face a circunstâncias adversas. Entre estes ativos estão as participações acionistas em empresas como a Galp Energia, a TAP SA, a Sociedade Gestora do Hospital da Cruz Vermelha, a empresa detentora do Autódromo do Estoril e ainda o vasto património imobiliário da Estamo, que está avaliado em mais de mil milhões de euros.