A Assembleia Nacional (AN) aprovou, esta quinta-feira, na especialidade, a perda de mandato do jornalista Carlos Alberto de conselheiro da Entidade Reguladora da Comunicação em Angola (ERCA).
O relatório parecer foi aprovado com 21 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção. O diploma segue para o plenário do próximo dia 19.
A Entidade Reguladora da Comunicação em Angola suspendeu, em Agosto, de todas actividades, Carlos Alberto, indicado pela UNITA em 2017 para o conselho directivo, “por pertencer ao Serviço de Informação e Segurança do Estado” (SINSE).
“Temos conhecimento de que Carlos Raimundo Alberto é membro do SINSE, e que o próprio conselheiro confirmou publicamente essas informações, embora tenha referido que o seu relacionamento deixou de existir”, disse, na altura, ao Novo Jornal Paulo Mateta, porta-voz da ERCA.
Na reunião do dia 19 de Agosto, o conselho directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana decidiu suspender, a título excepcional, de todas suas actividades, Carlos Raimundo Alberto, indicado pela UNITA em 2017 para o conselho directivo da ERCA, até que este “esclareça de forma convincente e oficial” a situação.
Carlos Alberto, que preferiu abandonar a reunião quando o conselho directivo discutia ainda o assunto, publicou uma nota no seu facebook em que afirmava que tinha acabado de ser suspenso da ERCA, e que o conselho directivo exigiu que ele justificasse a sua ligação ao SINSE.
“Adelino Marques de Almeida pretendia que eu justificasse o meu passado no SINFO/SINSE, em plena reunião do conselho directivo, por eu ter assumido publicamente que fui de facto dos Serviços Secretos de Angola num passado recente, o que, segundo a sua perspectiva, é uma situação de incompatibilidade de acordo com a Lei da ERCA”, referiu Carlos Alberto, acrescentado que a Lei da ERCA não questionou o passado de nenhum outro conselheiro.