A Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) necessita, no mínimo, de um milhão e 200 mil contadores pré-pagos para a facturação do consumo de água domiciliar na cidade capital, anunciou hoje, o secretário de Estado das Águas, Lucrécio Costa.
Nos últimos anos, foram instalados pelo menos 350 mil contadores para cobrança de água na província de Luanda, segundo o governante que falava à Angop à margem do seminário sobre “Comunicação e Marketing”, dirigido aos responsáveis das empresas públicas de água e saneamento.
Lucrécio Costa, que não avançou os valores para a instalação dos contadores, afirmou que a materialização deste investimento, que teve início em 2018, vai permitir que a capital do país deixe de fazer cobrança por estimativa.
Os contadores domésticos e inteligentes, de “rádio frequência”, têm, entre outras valências, um sistema de alerta ao consumidor sobre o fim do seu crédito antes que o serviço seja interrompido.
Por outro lado, o secretário de Estado também fez o ponto de situação da instalação de contadores na província do Uíge, tendo avançado que 75 por cento da facturação da empresa local de água é feito através do uso de contadores pré-pagos.
De acordo com Lucrécio Costa, o programa de assistência técnica em curso nas empresas do sector das águas vai permiti-las ter um modelo organizativo e uma capacidade de operação que corresponda com os seus objectivos.
“A gestão só tem resultados positivos, quando os gestores e beneficiários dos serviços têm atitudes condignas que concorrem para a melhoria do fornecimento regular da água à população e com qualidade”, afirmou o governante.
Para esse gestor público, a qualidade do serviço tem de ser a imagem das empresas do sector das águas, daí a necessidade da colaboração dos consumidores com o pagamento dos serviços prestados, para suportar a cobertura dos custos correntes da operação.
Ao referir-se à formação sobre “Comunicação e Marketing”, dirigido aos responsáveis das empresas nacionais de água e saneamento, Lucrécio Costa afirmou que vai dotar os participantes de competências comunicacionais e a uniformização da actividade de comunicação das empresas do sector hídrico, através da adopção de princípios comuns e vocabulários perceptíveis.
Sobre o assunto, a Angop ouviu hoje alguns consumidores de água da capital do país que consideraram ser, a cobrança por contador, a forma justa de pagamento, ao invés da cobrança por estimativa, que beneficia quem consome mais e prejudica os que menos consomem.
A acção formativa, que teve como prelector o secretário de Estado da Comunicação Social, Celso Malavoloneke, despertou os participantes sobre a importância da comunicação para a obtenção de bons resultados na gestão de qualquer empresa ou organização.
O seminário, promovido pelo Ministério da Energia e Águas abordou os temas “Comunicação e Marketing”, “Entrevistas Jornalísticas” e a “Organização de uma Conferência de Imprensa”, tendo juntado presidentes das empresas do sector das águas do país, assim como os seus directores do gabinete de comunicação.