O Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) exonerou hoje (sexta-feira) o seu director para segurança empresarial, Ivan Mateus, por suposto envolvimento no desvio de condutas e garimpo de água.
Uma comissão de inquérito para averiguação das denúncias públicas relacionadas com o envolvimento deste trabalhador e de outros no garimpo foi também constituída pela direcção da EPAL.
Em conferência de imprensa em resposta ao flagrante a Ivan Mateus no programa “Na lente” da TPA, exibido na noite de quinta-feira, o PCA da EPAL, Fernando João Cunha, afirmou que todas as direcções cessantes tiveram o compromisso de tentar baixar o garimpo e o desvio de condutas de água, situação difícil devido ao enraizamento que este processo tem.
“O director em serviço estava a fazer exactamente aquilo que a EPAL deve fazer, combater o garimpo de água, mas no final mostrou-se implicado na situação e como decisão foi tomada uma medida disciplinar”, afirmou.
Segundo o PCA, além da cessação das funções de director de segurança empresarial, foi dirigida uma carta à Procuradoria Geral da República para que se investigue o que se passa, não apenas com este director da EPAL, mas com os outros trabalhadores que tenham sido denunciados.
A EPAL perde diariamente nove milhões de kwanzas como consequência do garimpo de água e desvio de conduta.