Os empresários na província angolana da Huíla dizem-se agastados com o desempenho da banca comercial.
A exigência de garantias bancárias que centralizou o debate de um encontro promovido recentemente pelo Banco Nacional de Angola (BNA) é vista pelos homens de negócios da região como um entrave ao desenvolvimento que segundo eles precisa de ser invertida.
O presidente da classe dos empresários da Huíla vai mais longe e acusa mesmo a banca comercial de não estar ao serviço da economia.
“Alguns bancos chegam mesmo a dizer, e isto para nós empresários é extremamente ridículo, que se se quer um empréstimo de 100 milhões de kwanzas tem que se ter um colateral de 100 milhões de kwanzas, o que é descabido”, revela Paulo Gaspar.
Com três projectos em vias de financiamento, em que se destaca a construção de um matadouro industrial, a Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola (CCGSA), defende a revisão das garantias bancárias.
“Olharem mais para o projecto para as entidades envolventes a segurança que a capacidade produtiva das empresas nomeadamente a nossa cooperativa tem muito mais isto do que garantias reais que continuam a atrofiar grandemente a aprovação final dos processos”, afirma o secretário-geral da organização, Luís Gata.
Na visão do banco central angolano, segundo o delegado do Banco Nacional de Angola (BNA) na Huíla, Sandro Santos, a problemática das garantias bancárias pode ser vencida “através das parcerias do estabelecimento de parcerias”.