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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Embaixadora na Itália realça importância do Corredor do Lobito

A embaixadora de Angola na Itália e Representante Permanente junto das Agências das Nações Unidas em Roma, Fátima Jardim, realçou, esta sexta-feira, a importância do Corredor do Lobito para a região da SADC.

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FONTE:ANGOP

A diplomata falava durante um encontro de concertação das actividades da Comunidade com o grupo de embaixadores dos países membros da SADC na Itália, no quadro da presidência em exercício de Angola desta organização regional, de acordo com uma nota da embaixada angolana nesse país europeu.

Destacou que o corredor do Lobito apresenta-se como uma via importante quer para o desenvolvimento interno de Angola, ao longo das províncias que atravessa, e onde vive cerca de 26% da população angolana, como para os países vizinhos e para as organizações regionais sob a sua zona de influência.

De igual modo, frisou, poderá reforçar também a iniciativa “Grande Muralha Verde”, consubstanciada no desenvolvimento sustentável dos países africanos.

Fátima Jardim sublinhou ser a multilateralidade uma das principais vias para o desenvolvimento, devendo os países trabalhar juntos para alcançar resultados cada vezes melhores para os respectivos povos.

O corredor do Lobito, cuja concessão foi atribuída por trinta anos, em Julho de 2023 a um consórcio formado pelas empresas Trafigura, Mota-Engil e Vecturis, é uma rota fundamental para ligar as regiões de exploração mineira na República Democrática do Congo (RDC), do chamado cinturão de cobre na Zâmbia, ao Porto do Lobito em Angola, e consequentemente aos mercados internacionais através da rota atlântica.

Por seu turno, os embaixadores demonstraram grande interesse nas possibilidades que o corredor do Lobito abre para o desenvolvimento de vários países africanos, que se poderão materializar na criação de projectos transfronteiriços para o aumento da produção agrícola, agro-indústria, turismo, biodiversidade e segurança alimentar.

Manifestaram, ainda, a intenção de abraçar a ideia, de cada um ao seu nível, dar mais visibilidade ao projecto.

O encontro abordou temas como as prioridades estratégicas para promover os interesses da Comunidade e fortalecer o seu papel nos órgãos de governo do Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO), através dos seus representantes no Conselho, criação de empregos e políticas e estratégias de inserção de quadros africanos especializados nas agências da ONU sedeadas em Roma.

Durante o mesmo, os participantes receberam igualmente informações ligadas ao Dia Africano da Segurança Alimentar e Nutricional, apresentadas por Moçambique, sobre alguns desenvolvimentos da recém-terminada Cimeira Itália/África, apresentado pelo Zimbawe, bem como a implementação da “Iniciativa Grande Muralha Verde” nos países da SADC e do sul do continente africano.

Participaram da reunião, realizada nas instalações da Missão Diplomática de Angola na Itália, os embaixadores da África do Sul, Lesotho, Moçambique, RDC, Zâmbia e Zimbabwe, além de Angola. VC

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