Um total de 24 pessoas, entre crianças e adultos, morreu de afogamento, nos últimos três meses, em barragens, rios e cacimbas da província do Huambo, mais 18 casos do que no igual período anterior.
Ao prestar a informação, esta quarta-feira, à ANGOP, o porta-voz da do Serviço local de Protecção Civil e Bombeiros, subinspector bombeiro Alberto Satota Kakunde, disse tratar-se de cidadãos com idades compreendidas, entre zero e 80 anos, na sua maioria do género masculino.
Informou que dos afogamentos constam 11 em casos de rios, sete em cacimbas e seis em barragens.
O oficial bombeiro acrescentou que, ao longo do período em referência, duas pessoas foram salvas pelos agentes da corporação, por terem se afogado numa piscina, durante uma excursão escolar.
Considerou preocupante a actual situação da província do Huambo, pois os cidadãos ainda insistem em praticar a natação em locais de riscos, sobretudo, em rios, barragens, lagoas e lagos com maior profundidade e sem a menor observância das condições de segurança.
Por isso, exortou para abstinência destas práticas, numa altura em que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros continua a realizar acções de sensibilização da população sobre os perigos da natação desregrada e em zonas de riscos.
A província do Huambo, uma das maiores bacias hidrográficas de Angola, possui vários rios, barragens, lagoas, lagos e cacimbas, em função da sua natureza como uma zona tropicalmente húmida.
Vivem nesta região, situada no Planalto Central, perto de dois milhões, 645 mil e 80 habitantes, distribuídos pelos municípios do Bailundo, Caála, Cachiungo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje, Ecunha, Huambo, Londuimbali, Longonjo, Mungo e Ucuma), que perfazem uma extensão territorial de 35 mil 771 quilómetros quadrados.