Os partidos na oposição angolana, UNITA, Bloco Democrático, e PRA-JÁ Servir Angola, rubricaram na terça-feira 5 de Outubro, os documentos que formalizam a criação da plataforma, Frente Patriótica Unida, coligação destinada a disputar as eleições gerais de 2022.
Na perspectiva das eleições gerais angolanas de 2022, os partidos da oposição, UNITA, Bloco Democrático e PRA-JÁ Servir Angola, formalizaram no dia 5 de Outubro de 2021 a plataforma Frente Patriótica Unida.
O acordo entre as principais forças políticas da oposição angolana, foi assinado por Filomeno Vieira Lopes, presidente do Bloco Democrático, o seu homólogo da UNITA, Adalberto da Costa Júnior e Abel Chivukuvuku do projecto PRA-JÁ Servir Angola.
Segundo os protagonistas da Frente Patriótica Unida, eles formam uma plataforma eleitoral “ad hoc”, que reúne os cidadãos nacionais no interior e exterior do país, com o objectivo de levar a cabo a alternância política em Angola.
De acordo com documento assinado no dia 5 de Outubro de 2021, os partidos envolvidos na coligação eleitoral conservarão cada um a sua autonomia em matéria de identidade política e a plataforma será liderada por Adalberto da Costa Júnior da UNITA, tendo como co-adjuntos Abel Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes.
Ao discursar após a sua nomeação, o político, de 60 anos, assegurou que a alternância que a Frente Patriótica Unida (FPU) propõe, visa libertar a sociedade e construir uma Angola democrática.
Adalberto Costa Júnior referiu que a pátria reclama por mudança porque, para ele, é um imperativo nacional que vai permitir melhorar o país.
“Propusemos a formação de uma plataforma político-eleitoral, visando à congregação de patriotas de todas as matizes representativas do todo nacional, para que se os angolanos protagonizem, todos juntos, alternância democrática que Angola reclama”, justificou o agora presidente da Frente Patriótica Unida.
Costa Júnior reconhece que o processo não será fácil, mas avisa que o surgimento da plataforma eleitoral é para congregar vontades, ideias e esforços, rumo a alternância do próximo pleito eleitoral.
Segundo o líder da UNITA, a alternância tem como finalidade libertar o país do estagnante controlo partidário, do medo, do excessivo poder das oligarquias que asfixiam o desenvolvimento e fomentam a corrupção.
“O modelo adoptado, para dar corpo a plataforma política que nós propusemos, visou associar os bloqueios a que ficaria exposta a formação do ente-sujeito a notação do Tribunal Constitucional, como é o caso de uma coligação”, esclareceu Adalberto Costa Júnior.
Por seu lado, Filomeno Vieira Lopes disse que “há uma ausência clara de igualdade dos cidadãos”, nomeadamente no acesso aos meios de comunicação públicos que “distorcem e impedem a funcionalidade da democracia angolana”.
“A elite do MPLA tem escrito na sua base genética o assalto desenfreado aos bens públicos e o abandono total dos cidadãos à sua sorte, incapacidade crónica de concluir qualquer projecto de desenvolvimento nacional”, criticou Vieira Lopes.
O antigo líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku destacou a “coragem e a visão da FPU e apontou que o seu objectivo “é a construção de uma alternância política para 2022 em Angola”.
A FPU terá como candidato a Presidente da República, Adalberto Cosa Júnior, e Abel Chivukuvuku como candidato a vice-presidente.
As informações divulgadas no dia 5 de Outubro de 2021 pelo canal TV Zimbo dão conta que o Tribunal Constitucional de Angola anulou o 13.º Congresso da UNITA, que elegeu Adalberto da Costa Júnior, presidente dos “maninhos”.
Adalberto da Costa Júnior tornou-se o terceiro presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) em 15 de Novembro de 2019, conquistando mais de 50% dos votos num total de 960 eleitores.