-Senhor Vice- Presidente da República
-Senhores Ministros de Estado e Ministros
-Senhores Secretários da Presidência da República
-Senhores membros do Conselho Económico e Social
Angola atravessa um momento difícil, a exemplo do que se passa com praticamente todos outros países, industrializados e não industrializados, mais ou menos desenvolvidos, produtores e não produtores de petróleo.
Todas as economias do mundo foram seriamente afectadas pela baixa dos preços do petróleo bruto e mais recentemente, desde o início do corrente ano de 2020, pelo surgimento e alastramento à escala planetária da pandemia do COVID-19.
Todos estes acontecimentos desfavoráveis e cuja solução não depende apenas e, sobretudo, de nós, obrigam-nos a ser cada vez mais engenhosos e criativos na busca das medidas mais adequadas para adaptarmos nossos programas, nossas metas, à conjuntura e circunstâncias actuais.
Tendo em conta que almejamos todos o melhor para o nosso país, independentemente de quem tenha o mandato do povo para governar, ao longo dos três anos da nossa acção governativa procuramos sempre trabalhar com a sociedade civil organizada, com as ONGs, as Igrejas, as associações profissionais e empresariais que nos têm ajudado a encontrar os melhores caminhos na solução dos problemas económicos e sociais que enfrentamos.
Sendo a experiência com o Grupo Técnico Empresarial bastante positiva no trabalho que vem desenvolvendo com o Executivo para o melhor enquadramento do sector empresarial privado na economia, entendemos alargar esta boa experiência aos académicos, investigadores e outros grupos detentores do saber.
Neste mar de dificuldades, de baixo preço do petróleo, de COVID-19, só nos resta uma saída: produzir internamente tudo o que as potencialidades do país nos permitirem fazer.
Estimular a produção interna de bens e de serviços, contando com o investimento privado nacional e estrangeiro na agricultura, nas pescas, na indústria, no turismo, na imobiliária e outros ramos da economia nacional.
Com isto aumentaremos também a oferta de emprego para os nossos cidadãos, em particular para os jovens.
Mas como fazer? Contamos com o saber e a experiência das personalidades que integram este Conselho Económico e Social, para juntos encontrarmos as melhores saídas desta situação difícil em que nos encontramos, mas que será ultrapassada se trabalharmos unidos e com optimismo e esperança em dias melhores.
A tempestade passará, mas a bonança só vem com o trabalho organizado e abnegado dos melhores filhos da pátria, daqueles que procuram fazer bem o que sabem fazer, colocando esse saber em prol do desenvolvimento económico e social do país.
Juntos descobriremos as oportunidades que se escondem por detrás do que aparenta só serem dificuldades; descobriremos juntos as formas de criar riqueza e acabar com a pobreza.
Exorto-vos, pois, a construirmos juntos a Angola próspera que almejamos.
Muito Obrigado!