26 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Direcção da EPAL aberta à negociação, mas mantém posição

PARTILHAR

Angop

A direcção da Empresa Provincial de Águas de Luanda (EPAL) continua aberta à negociação com a comissão sindical afecta à Central Geral Sindicatos Independentes de Angola (CGSILA), que declarou há sete dias uma greve por tempo indeterminado.

A greve por tempo indeterminado não conta com a adesão de funcionários da EPAL filiados à União Nacional dos Trabalhadores de Angola (UNTA-CS).

Em causa estão divergências sobre os pontos do caderno reivindicativo apresentado à entidade empregadora, em Janeiro último, que não satisfazem as exigências de melhoria de condições de trabalho e de um aumento salarial imediato na ordem de 200 por cento, reclamado pelo núcleo sindical da CGSILA.

A esse respeito, o director dos  Recursos Humanos da EPAL, Domingos Januário, disse nesta segunda-feira à Angop que a empresa mantém a sua posição de reajustar o salário apenas em 36 por cento, conforme acordado com o núcleo sindical afecto à UNTA.

“A posição da empresa é a mesma relativa às propostas apresentadas durante o período de negociações. Se a comissão do CGCILA achar que pode ter em consideração aquilo que propusemos, estamos disponível  para  negociar”, disse o director.

“Neste momento não há condições para fazer aumento de 200% sobre o  salário  base e de 100% para subsídios de alimentação e  transporte. O que estamos a fazer é repor  aquilo que  deveria ser processado, como subsídios de alimentação, transporte e  poluição sonora”, esclareceu.

Explicou que subsídio de transporte e alimentação é equivalente no total de 44 mil  kwanzas, enquanto o de poluição sonora (para trabalhadores das estações de tratamento e centro de distribuição) e sete por cento do salário base.

Entretanto, os trabalhadores em greve ponderam a retirada dos serviços mínimos, que passam pela distribuição da água por um período de cinco horas/dia, por não chegarem até agora a acordo com a entidade patronal.

O primeiro secretário da comissão sindical dos trabalhadores da EPAL, afectos à CGSILA, António Martins, afirmou hoje à Angop que o levantamento da grave, que já dura uma semana, está a depender da vontade da entidade patronal.

António  Martins referiu não  existir  vontade  da  direcção  em  resolver os problemas básicos dos trabalhadores, como o seguro de saúde para todos os trabalhadores e membros do seu agregado familiar, pagamento do décimo quarto salário (equivalente  a um  salário base), promoção dos  trabalhadores  em três  categorias,  simultâneas.

Nas estações de  tratamento  e  centros  de  distribuição, os  grupos de  trabalho  foram  reduzidos  de cinco  para  dois,  com vista  a garantir os serviços mínimos.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Clientes devem mais de 180 mil milhões de Kwanzas a EPAL

A dívida de clientes a Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), no ano de 2022, está estimada em...

‘Dança das cadeiras’ na EPAL, PRODEL e ENDE: Presidente João Lourenço exonera administradores executivos e não executivos

O Presidente da República, João Lourenço, fez alterações na composição do Conselho de Administração da EPAL, Empresa Pública de...

EPAL garante restabelecimento de água nos próximos dois dias em Luanda

A EPAL-EP vai restabelecer o fornecimento da água potável na cidade de Luanda nas próximas 48 horas, após o...

EPAL põe à disposição novo sistema de gestão de girafas

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, avaliou recentemente, o grau de eficiência do novo sistema tecnológico...