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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Dez imigrantes encontrados mortos em embarcação ao largo de Mayotte

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Dez imigrantes da União das Comores, incluindo uma criança de 7 anos, foram encontrados mortos numa embarcação na quinta-feira à tarde, próximo a uma praia no nordeste de Mayotte, disseram hoje as autoridades locais.

No total, 24 pessoas estavam no barco que partiu de Anjouan, ilha que pertence à União das Comores, a 70 quilómetros de Mayotte (que é um departamento francês), de acordo com os primeiros depoimentos recolhidos pelo serviço de resgate de Mayotte.

O arquipélago de Mayotte, no Oceano Índico, é um dos locais procurados pelos migrantes que fogem das difíceis condições de vida na União das Comores.

De acordo com os primeiros elementos da investigação, o barco virou devido a uma forte ondulação.

Os agentes da polícia de fronteira deslocaram-se ao local da tragédia e conseguiram resgatar os sobreviventes, que se deslocaram após o naufrágio, devido à maré baixa, para um recife de coral.

Dois outros navios e um helicóptero foram mobilizados para o resgate.

Esta não é a primeira vez que estas frágeis embarcações são destruídas ao largo de Mayotte.

Em Julho de 2019, o corpo sem vida de uma criança de 5 a 6 anos foi encontrado em Mayotte, numa praia de Petite-Terre, após o provável naufrágio de um barco.

Em maio do mesmo ano, os corpos de dois outros migrantes foram encontrados após o naufrágio do seu barco. Catorze outras pessoas foram resgatadas com vida.

Segundo dados oficiais, metade da população de Mayotte tem nacionalidade estrangeira (95% dos quais são comorenses) e uma grande maioria vive ilegalmente no território, situação que exaspera muitos dos habitantes locais.

Os moradores da ilha denunciam as chegadas de migrantes, que provocam um grande impacto nos serviços públicos e, em particular, nos estabelecimentos de saúde e educação.

Em 2019, mais de 27.000 estrangeiros em situação irregular foram deportados de Mayotte.

O departamento francês é um território reivindicado pela União das Comores, que desafia a soberania francesa, como o Presidente comoriano, Azali Assoumani, mais uma vez sublinhou durante o seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, na quinta-feira.

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