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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Detidas prostitutas que drogavam clientes e assaltavam os seus cartões multicaixa

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O Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou hoje a detenção de três mulheres pertencentes a uma rede de prostituição, de um bordel de Luanda, acusadas de usarem “medicamentos nos seios” para adormecer os clientes a fim de lhes roubarem os cartões multicaixa.

O caso remonta a 13 de Fevereiro deste ano, quando um cidadão solicitou os “serviços sexuais” de uma das cidadãs agora acusada. O homem adormeceu após ter sido dopado com “barbitúricos C4, droga de escolha para o tratamento da insónia”.

As acusadas, em prisão preventiva, medida de coação mais gravosa, aplicada pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Luanda, por crimes de uso e abuso de cartão de crédito concorrido com roubo de 50 milhões de Kwanzas da conta da empresa de um cliente que apresentou queixa.

A detenção das mulheres, segundo o porta-voz do SIC-geral, superintendente de investigação criminal Manuel Halaiwa, foi realizada pela Direcção Central de Combate aos Crimes Contra o Património (DCCCCP) após queixa de um dos lesados.

“O facto ocorreu na madrugada do dia 13 de Fevereiro deste ano, quando um cidadão, representante da empresa lesada, solicitou os serviços sexuais de uma das cidadãs”, conta, sublinhando que a vítima adormeceu devido aos barbitúricos C4, droga de escolha para o tratamento da insónia.

“Elas (as acusadas) revelaram durante os interrogatórios que esfregam o medicamento nas pontas dos seios e na cavidade do órgão genital feminino para produzir aquele efeito”, explicou Manuel Halaiwa, revelando que em seguida uma das acusadas foi subtraindo artigos de valor, entre os quais o cartão multicaixa com o respectivo código.

“As acusadas disseram ainda que depois da acção apresentaram o cartão multicaixa à líder do grupo, que orquestrou as transferências bancárias para as restantes integrantes do grupo, bem como o roubo dos 50 milhões de Kwanzas”.

Segundo o responsável pela comunicação do SIC-geral, a investigação criminal apurou também que determinados cidadãos foram vítimas desta rede, mas que por eventual vergonha não apresentaram queixa.

“Perderam os seus valores monetários a favor destas cidadãs, pelo que, no âmbito da prevenção e combate à criminalidade, apelamos aos cidadãos que façam participação sempre que sejam vítimas de actos criminais”.

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