O Ministério do Interior da Guiné-Bissau afirmou esta segunda-feira que Armando Correia Dias, foi detido “em flagrante delito” na posse de armas de uso militar. O advogado do dirigente do PAIGC diz que se trata de um sequestro, uma vez que não existe qualquer mandado judicial.
O porta-voz do Ministério do Interior, Salvador Soares, disse em conferência de imprensa que o empresário Armando Dias foi detido “em flagrante delito” na posse de armas de fogo, de uso exclusivo do exército.
Salvador Soares escusou-se a prestar mais esclarecimentos aos jornalistas que queriam perceber por que motivo o empresário foi o único detido, sob a acusação de flagrante delito, quando seguia na companhia de outras duas pessoas e numa viatura que não era a dele.
O porta-voz do Ministério do Interior remeteu as explicações para os autos das investigações, acrescentando que o empresário terá de se justificar diante do delegado do Ministério Público.
Armando Correia Dias foi detido quando estava acompanhado do antigo secretário de Estado Anaximandro Zylene Casimiro Menut e do deputado Wasna Papai Danfa. Os três seguiam na viatura do secretário de Estado, que acusou um civil, acompanhado por um polícia, de ter colocado as armas no interior do seu veículo.
Sobre a detenção do irmão do dirigente do PAIGC, também no sábado, o porta-voz do Ministério do Interior justificou a decisão pelo facto de Carlos Dias ter insultado a polícia quando foi visitar o irmão à cadeia.
Os dois irmãos comparecerem ainda esta segunda-feira diante do Ministério Público para validação ou não da ordem de prisão de ambos.
A polícia alega que a detenção de Armando Correia Dias ocorreu “em flagrante delito”, o advogado de defesa do dirigente do PAIGC diz que se trata de um sequestro, uma vez que não existe qualquer mandado judicial.