25.5 C
Loanda
Domingo, Novembro 24, 2024

Deputados da UNITA avaliam no Cafunfo os confrontos mortais de sábado

PARTILHAR

Parlamentares da UNITA, CASA-CE e PRS pedem Comissão de Inquérito Parlamentar aos incidentes do dia 30

Uma missão parlamentar da UNITA chegou nas últimas horas ao município diamantífero do Cuango, na província angolana da Lunda Norte, para recolher informações sobre os incidentes do passado sábado que, segundo fontes diversas, podem ter deixado entre seis e 27 mortos e muito desaparecidos.

O deputado Domingos Oliveira, representante do principal partido da oposição na Lunda Norte, disse à VOA que a delegação de cinco deputados pretende ter a sua própria versão sobre o que aconteceu e avaliar a dimensão e a gravidade dos incidentes, independentemente do que vier a ser apurado pelo inquérito anunciado pelo comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida.

Num comunicado difundido em Luanda, a UNITA descreveu os incidentes de Cafunfo como sendo “uma gravíssima regressão do Executivo angolano, no cumprimento da Constituição, no respeito ao exercício dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”.

Para o principal partido na oposição, a morte daqueles cidadãos “põe em causa o respeito pelo princípio da dignidade da pessoa humana”.

O Grupo Parlamentar da UNITA defendeu que tais actos seriam “evitáveis se fossem atendidas as petições e reclamações dos cidadãos, sobre a solução dos problemas económicos e sociais que afectam as suas comunidades, primando sempre pelo diálogo”.

Os deputados do partido do “galo negro” juntaram a sua voz aos pedidos da CASA-CE e do PRS que exigiram da Assembleia Nacional a criação de um Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as reais causas e as consequência da revolta de Cafunfo, organizada pelo chamado Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe.

O Colégio Presidencial da CASA-CE e o PRS também condenaram o uso excessivo da força pelas Forças Armadas Angolanas e Polícia Nacional “na manifestação de cidadãos indefesos”.

O líder do PRS, Benedito Daniel, disse estar surpreendido com “a habilidade” da polícia na justificação dos “assassínios, com o massacre perpetrado”.

A Amnistia Internacional, OMUNGA, líderes da Igreja Católica e personalidades da sociedade civil condenaram o uso da força contra os manifestantes.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Investigação: Em que ponto está o caso de Cafunfo?

Dois anos depois dos acontecimentos na Lunda Norte, ainda não há responsabilização para os crimes cometidos em Angola. Inquérito...

Adalberto Costa Júnior anuncia marcha com líderes da Frente Patriótica Unida para sábado

Os líderes da Frente Patriótica Unida, militantes das UNITA, do Bloco Democrático e do projecto político PRA-JÁ servir Angola,...

Mais de metade dos deputados da Assembleia Nacional são estreantes

Mais de metade dos deputados que foram esta sexta-feira investidos na V Legislatura da Assembleia Nacional são estreantes, soube...

Eleições Gerais de 2022: UNITA falta à investidura do Presidente da República mas deputados tomam posse sexta-feira

O presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) disse esta quarta-feira que os deputados da...