O ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, incentivou este sábado, os agricultores e empresários agrícolas, no município do Libolo, província do Cuanza Sul, a plantarem palmeiras em grande escala.
De acordo com o governante, avança Angop, as condições climatéricas do Libolo e as extensas terras aráveis existentes nesta localidade são favoráveis a uma produção em grande escala, do óleo de palma e até mesmo o vegetal, a ponto de tornar o país autosustentado e desta forma reduzirem-se as importações.
As orientações do ministro foram transmitidas aos empresários agrícolas, durante um encontro que visou avaliar esse sector na província do Cuanza Sul.
Avançou que, actualmente, as tecnologias no sector da agricultura possibilitam uma produção de dez toneladas do óleo de palma por cada hectar de terra arável.
Destacou a importância desta cultura no aproveitamento das fibras do palmar para gerar energia, o caroço para o óleo vegetal, além do próprio óleo de palma.
Por outro lado, o ministro reprovou a forma como se faz a plantação do milho, da mandioca e da banana no país, devido a falta de conhecimentos científicos, o que tem provocado uma baixa na sua produção.
“Temos de apostar na transformação dos conhecimentos, organizar, desenvolver o trabalho”, aconselhou.
Revelou que o Ministério da Agricultura vai desenvolver trabalhos de capacitação dos empresários e as famílias camponesas para que, em cada final de cada colheita, a safra seja satisfatória.
Para si, a agricultura deve ser desenvolvida de forma inclusiva com vista a diversificação das culturas.
No encontro, os empresários solicitaram do ministro, uma maior atenção do sector, sobretudo no fornecimento atempado dos insumos agrícolas para facilitar que as campanhas agrícolas sejam exitosas.
Segundo o empresário Carlos Cunha, presente no encontro, 96.7 por cento das receitas para o OGE vêm do petróleo, 2.8 por cento da produção dos diamantes e 0,5 de outros sectores daí que a aposta na agricultura deve ser a saída para a crise.
Neste sentido, o governo tem algumas carteiras de créditos disponíveis em 790 instituições financeiras e incentivou aos empresários agrícolas a aderirem ao mesmo.
O município do Libolo tem uma superfície de nove mil Km2, dos quais 1140 são de terras aráveis, onde as principais culturas são o café e a mandioca.
O ministro da Agricultura, António Francisco de Assis e uma comitiva de empresários agrícolas estão a radiografar o estado do sector no Cuanza Sul e durante três dias constatarão as condições de algumas fazendas em vários municípios.