O governador do Cuando Cubango, Higino Carneiro, destacou quinta-feira que fruto do esforço do Executivo e da ajuda de distintas organizações humanitárias nacionais e internacionais foi possível, no I trimestre do ano, a desminagem de 442 mil e 255 metros quadros na região.
Ao discursar na II sessão plenária provincial de Acção Contra Minas, o governador informou que o processo de desminagem foi efectuado nos municípios de Menongue, Cuangar, Cuito Cuanavale e Cuchi, tendo sido limpos 35 quilómetros de estrada e 190 quilómetros de linha para instalação da fibra óptica.
Higino Carneiro informou ainda que num esforço do Executivo, agregado à ajuda de organizações humanitárias nacionais e internacionais que actuam na desminagem, educação sobre risco de minas e assistência às vítimas com minas, distruiram-se 912 minas antipessoal, cinco minas antitanque, 582 engenhos explosivos não detonados e 6 mil e 512 munições diversas.
O governador referiu que nos últimos anos foram feitos investimentos significativos, com vista a aumentar e melhorar a capacidade operacional dos operadores públicos, reforçar as qualidades técnicas do pessoal e adjudicando, sempre que possível, o sector privado para acelerar o processo de desminagem”, destacou.
Afirmou que o Executivo angolano, liderado pelo Presidente da República, José Eduardo dos santos, fez uma aposta clara, consubstanciada na reconstrução nacional e no desenvolvimento sustentável, pressupostos que só são possíveis com a eliminação das ameaças e dos bloqueios previamente identificados, onde se incluem as minas terrestres e outros engenhos explosivos remanescentes da guerra.
Recordou que em plena fase do conflito armado, exactamente em 1997, a República de Angola assinou a Convenção ou Tratado de Ottawa, vindo a ratificá-lo em 2002, com o alcance da paz definitiva no país.
Por outro lado, o governador Higino Carneiro referiu que a Acção Contra Minas em Angola é igualmente parte integrante dos compromissos do Executivo para a melhoria dos serviços sociais básicos às populações, bem como para a materialização dos compromissos internacionais assumidos na Convenção de Ottawa, que proíbe aos estados partes o uso de armamento, produção de minas antipessoal, assim como obriga a distribuição de todos os estoques de minas armazenadas.
A plenária, que teve como um dos objectivos avaliar o progresso das actividades em curso em função do Plano Estratégico do Sector (2013-2017), como das obrigações de Angola no âmbito do artigo 5º da Convenção de Ottawa, contou com a presença do chefe do Departamento Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária, Edgar Lourenço, em representação do presidente da Comissão Nacional, general Santana André Pitra “Petroff”.
O encontro é organizado pela Coordenação Provincial de Acção Contra Minas, numa orientação metodológica da Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH) e tem assistência técnica da CIVI.POL. (portalangop.co.ao)