A Cruz Vermelha na província do Cunene vai apostar na dinamização da actividade agrícola este ano, nas margens do canal do Cafu, para produzir alimentos suficientes para minimizar a fome na região.
A informação foi prestada na sexta-feira, pelo Presidente do Conselho da Cruz Vermelha no Cunene, Francisco Lumbamba, que foi reeleito com 17 votos, para um segundo mandato de cinco anos, na 5ª Assembleia do Conselho Provincial.
Na ocasião, Francisco Lumbamba disse que agricultura será prioridade onde vão aproveitar a água do canal do Cafu, para envolver as famílias a produzirem no sentido de deixarem de depender das doações.
“A província de forma repetida é assolada pela seca, o que acaba por afectar as culturas do massango e o milho nos campos, daí a necessidade de se desenvolver mais agricultura de irrigação”, afirmou.
Francisco Lumbamba informou que irão dar continuidade dos projectos em curso no município da Cahama, e posteriormente estender para o Curoca, para satisfazer as necessidades das famílias mais carentes.
A delegada da Cruz Vermelha no Cunene, Regina Francisco, disse que o conselho reeleito tem responsabilidade acrescida no cumprimento das actividades que forem incumbidas, em resposta às preocupações da população mais necessitadas.
“Temos um projecto, no âmbito do combate à seca e à fome nas províncias do Cunene e da Huíla, que conta com um financiamento de 10 milhões de dólares, disponibilizados pela Federação do Comité Internacional da Cruz Vermelha”, explicou.
Fez saber que o projecto no Cunene é dirigido aos municípios da Cahama, Ombadja e Curoca, mas neste preciso momento já decorre na Cahama, onde estão seleccionadas 300 famílias que serão assistidas com bens alimentares.
Por seu turno, a directora da Saúde no Cunene, Georgina Nunes, destacou o papel da Cruz Vermelha no alívio do sofrimento, protecção da vida, saúde das pessoas e preservar a dignidade humana, em tempo de guerra e outras emergências.
“O Governo do Cunene reconhece os esforços empreendidos, no apoio às populações mais vulneráveis afectadas pelos desastres e calamidades naturais”, apontou.
Georgina Nunes lembrou que a Cruz Vermelha é a maior organização nacional humanitária, pelo que incentiva o conselho reconduzido a continuar determinado e empenhado para dar resposta aos desafios à vista.
O corpo directivo do Conselho Provincial da Cruz Vermelha no Cunene é constituído por um presidente, Francisco Lumbamba, vice-presidente Pedro Chissingui, cinco vogais, Ana Jerónimo, Guilhermina Lumbamba, Hortênsia João, José Benefício e António Hifiquepunye. PEM/LHE/AC