O Presidente Filipe Nyusi apela aos moçambicanos para que mantenham as medidas de prevenção por forma a evitar o alastramento da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Nesta quarta-feira, 29, numa intervenção, alinhada ao final da terceira prorrogação do Estado de Emergência, Nyusi disse que, nos próximos dias, as medidas de prevenção devem ser “ seguidas com todo rigor, e precisamos de inventar uma nova maneira de viver em sociedade inspirados pelo nosso hino que diz milhões de braços uma só força”.
“A nossa prioridade é proteger a vida dos moçambicanas e dos estrangeiros que aqui residem”, disse Nyusi. “Durante quatro meses tomamos as medidas que deveríamos tomar”.
Sem anunciar as medidas seguintes, Nyusi disse que “chegamos ao fim deste período e temos que consolidar os ganhos que alcançamos”, e a retomada das actividades dependerá da evolução da pandemia.
Nyusi fez uma breve análise da situação da Covid-19: “Há quatro meses, Moçambique tinha 8 casos e hoje temos 1748, com duplicação do número de infecções nos últimos trinta dias”.
Ele disse que houve “um aumento de casos, de óbitos, alteração do padrão de transmissão e constatou-se a ocorrência de transmissão comunitária nas províncias de Nampula e Cabo Delgado”.
Impacto das medidas na Assembleia da República
Para o estadista moçambicano um dos ganhos do Estado de Emergência vai para o facto de se ter “reduzido a pressão sobre o sistema nacional de saúde e salvar muitas vidas com acções que foram tomadas pelo governo. As medidas de restrição ajudaram a conter a propagação da Covid-19”.
Nesta comunicação à nação Nyusi disse que “Moçambique está longe de atingir o pico de infecções pela Covid-19” e reconheceu que “muitos cidadãos ficaram desprovidos de recursos básicos para o seu sustento e das suas famílias”.
“Amanhã (quinta-feira, 30 de Julho) vamos remeter à Assembleia da República o relatório sobre a impacto das medidas em cada um dos sectores”, prometeu Nyusi.