O presidente do sindicato nacional dos médicos de Angola, Adriano Manuel, denunciou em Luanda, estar a ser vítima de perseguição por parte do Ministério da Saúde, que lhe moveu um processo disciplinar para o silenciar.
Segundo o presidente do sindicato nacional dos médicos de Angola, Adriano Manuel, o processo disciplinar em curso, foi-lhe movido no intuito de o silenciar, por denunciar várias irregularidades, registadas no sector da saúde e não concordar com os números divulgados pelo Ministério da saúde sobre a pandemia de Covid-19.
Para o médico, que alerta para a falta de pessoal médico e de materiais de biossegurança nos hospitais do país, a Covid-19 já tem uma larga circulação comunitária em Angola, facto ainda não reconhecido pelas autoridades sanitárias de Luanda, que iniciaram o rastreio da pandemia nas zonas de risco, como os mercados informais.
Até ao momento, Angola regista oficialmente 506 pessoas infectadas, 26 óbitos, 118 recuperadas e 362 casos activos.
Amnistia Internacional denuncia mais de três mil profissionais de saúde morreram devido à pandemia de Covid-19
Num relatório divulgado esta segunda-feira, (13/07) a ONG de defesa de direitos humanos Amnistia Internacional revela que mais de três mil profissionais de saúde perderam a vida em todo o mundo desde o início da pandemia.
A organização não governamental pede que os governos sejam responsabilizados pela morte dos profissionais de saúde durante o período da pandemia de Covid-19.
O presidente do sindicato dos médicos em Angola, Adriano Manuel, considera que os profissionais de saúde em Angola lançaram alertas e continuam a pedir ao governo melhores condições de trabalho.