O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou hoje o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos, uma medida que resulta da redução do número de casos de covid-19 no país.
“A máscara não é obrigatória em espaços abertos, sendo, no entanto, aconselhável o seu uso sempre que se esteja em locais onde não é possível o distanciamento recomendado”, declarou Filipe Nyusi, durante uma comunicação à nação que marcou o fim da “situação de calamidade pública” em Moçambique.
Embora o uso da máscara seja opcional em locais abertos, o chefe de Estado moçambicano frisou a sua obrigatoriedade em locais fechados, excepto para crianças até aos 11 anos.
“Com esta comunicação não pretendemos dizer que a pandemia da covid-19 terminou em Moçambique: não dissemos para pararem de lavar as mãos ou adoptar outras medidas de prevenção, que acabam sendo um ganho”, declarou Filipe Nyusi.
Por outro lado, prosseguiu o chefe de Estado moçambicano, os cidadãos estrangeiros, exceptuando crianças até 11 anos, que queiram entrar em Moçambique devem apresentar um certificado de vacinação ou um teste PCR com resultado negativo feito nas últimas 72 horas.
Para o chefe de Estado moçambicano, a redução do número de casos é resultado da vacinação em curso no país, que já alcançou em 90% a meta estabelecida, que é de vacinar um total de 16 milhões de pessoas até finais deste ano.
“Estes números colocam o nosso país com as mais elevadas taxas de vacinação no continente africano”, frisou.
Moçambique vivia em estado de calamidade pública desde Setembro de 2020, com várias restrições, incluindo um recolher obrigatório nocturno, que vigorou até Fevereiro deste ano, quando o executivo moçambicano decidiu aliviar as medidas de restrições em função da redução do número de casos.
Desde o anúncio do primeiro caso, em Março de 2020, o país tem um total acumulado de 2.201 mortes e 225.338 casos de covid-19, segundo as últimas actualizações do Ministério da Saúde.