O projecto está avaliado em 500 milhões de dólares e resulta de uma parceria público-privada em que intervêm grupos empresariais chineses.
O Rei Mohammed VI, do Marrocos presidiu, nesta segunda-feira, 5, no Palácio Real de Fez, a cerimónia de lançamento e assinatura de convenções do projecto de fabrico de seringas e vacina da Covid-19 no país. Neste sentido, a intenção é de doptar o Reino de capacidade industrial e tecnológica completa e integrada.
De acordo com fonte deste portal, “o objetivo é a produção no nosso país da vacina anti-Covid, bem como de outras vacinas essenciais, a fim de promover a autossuficiência do Reino e fazer de Marrocos uma plataforma de biotecnologia líder à escala do continente e do mundo no campo da indústria de ‘enchimento e acabamento’”.
O projecto resulta de uma parceria público-privada, e pode avançar no curto prazo com uma produção de 5 milhões de doses da vacina anti-Covid-19 por mês, antes de aumentar gradualmente essa capacidade no médio prazo. O investimento está avaliado em 500 milhões de dólares.
O lançamento desta iniciativa materializa a visão Real para uma gestão eficaz e pró-activa da crise pandêmica e suas consequências. Ao mesmo tempo que reforça a soberania sanitária do Reino, o projecto apresentado ao Soberano consagra a influência internacional de Marrocos e reforça a sua vocação como provedor de segurança sanitária no seu âmbito regional e continental, face aos riscos para a saúde, dependências externas e contingências.
Na cerimónia, Samir Machour, especialista internacional em biotecnologia industrial e actualmente vice-presidente da Samsung Biologics, apresentou o projecto de seringa e fabrico em Marrocos da vacina anti-Covid e não só. Na sequência, o CEO do grupo Sinopharm, Liu Jingzhen, interveio à distância da China. O CEO da Recipharm, Marc Funk, também apresentou o projecto.
Na mesma ocasião foram assinados três importantes acordos, destacando-se o memorando de cooperação para a vacina anti-Covid-19 entre o Estado marroquino e o Grupo Farmacêutico Nacional da China (Sinopharm), rubricado pelo ministro da Saúde, Khalid Ait Taleb, e pelo presidente do Grupo Sinopharm, Liu Jingzhen. Foram também assinados os contratos de fabricação de vacinas e o de fornecimento ao Reino de instalações de enchimento asséptico da Sociedade Terapéutica Marroquina (Sotherma).