Pelo menos cinco pessoas morreram nos incidentes registados sábado, durante o escrutínio para a eleição presidencial da Costa do Marfim, boicotada pela oposição. Esta última afirma que a candidatura do presidente cessante, Alassane Ouattara de 78 anos, à um terceiro mandato, corre o risco de comprometer a frágil paz no país da Africa ocidental. A oposição marfinense apelou este domingo a uma “transição civil”.
Depois do escrutínio presidencial de sábado durante o qual pelo menos cinco pessoas foram mortas no decurso de recontros, segundo fontes oficiais, a oposição da Costa do Marfim lançou um apelo a favor de uma “transição civil”, em protesto contra a candidatura de Alassane Ouattara à um terceiro mandato.
A oposição marfinense, que boicotou a eleição presidencial, afirma recear que um terceiro mandato de Ouattara ponha em perigo a frágil paz recuperada, depois da guerra civil que provocou cerca de 3000 mortos entre 2010 e 2011.
Enquanto o país aguarda a divulgação dos resultados da eleição do 31 de Outubro, o porta-voz da oposição e antigo Primeiro-ministro, Pascal Affi N’guessan, afirmou neste Domingo aos media, que o conjunto dos opositores consideram que o mandato de Alassane Ouattara terminou e que agora deve ser implementado um período de transição.
A oposição da Costa doMarfim voltou a insistir na ilegalidade da candidatura de Alassane Ouattara, cujos colaboradores reagiram afirmando que o escrutínio de sábado não resultou num dilúvio como tinham previsto os opositores.
O chefe de Estado cessante rejeita os argumentos da oposição sobre a ilegalidade da sua candidatura,ao afirmar que a reforma constitucional de 2016 possibilita a corrida à um terceiro mandato.
Os resultados integrais da eleição presidencial da Costa do Marfim serão divulgados o mais tardar dentro de cinco dias, mas a comissão eleitoral poderá divulgar a partir de domingo alguns apuramentos iniciais.