Estados Unidos e Organização Mundial de Saúde (OMS) são os primeiros a posicionar-se face ao desenvolvimento de testes rápidos para detectar a Covid-19.
Em plena campanha para a reeleição, Donald Trump anunciou a distribuição de 150 milhões dos testes rápidos desenvolvidos pela norte-americana Abbott, 50 milhões dos quais “para as comunidades mais vulneráveis”.
O almirante Brett Giroir, secretário-adjunto do Departamento da Saúde, exemplificou na Casa Branca a utilização desses testes, frisando que “esperando 15 minutos”, temos em seguida o resultado.
Simultaneamente, a OMS prometeu 120 milhões de testes para os países mais pobres, sob condição de conseguir reunir os 600 milhões de dólares para financiar a operação.
A Abbott e a sul coreana SD BioSensor são as únicas de momento a fabricar esses testes que, segundo o director-geral da Organização Mundial de Saúde, “vão permitir a expansão das capacidades de teste particularmente em áreas de difícil acesso” e são “particularmente importantes em áreas de elevada transmissão”.
Estes anúncios surgem num momento em que a Europa enfrenta um recrudescimento da pandemia.
Nos Países Baixos, onde até agora havia poucas restrições, as autoridades holandesas avançaram com uma série de novas medidas, como limitações nas deslocações, uso obrigatório de máscaras e redução nos horários de funcionamento de bares e restaurantes.
Na capital espanhola, Madrid, multiplicam-se as zonas confinadas enquanto as autoridades locais prometem “fazer o que for preciso” para combater a forte expansão do coronavírus na região.
A República Checa e a Eslováquia anunciaram a intenção de decretar ou prolongar o estado de urgência face aos novos picos da pandemia.
A Covid-19 já fez mais de um milhão e duzentos mil mortos em todo o mundo, sendo os Estados Unidos e o Brasil os países mais afectados.