O primeiro-ministro de Moçambique disse nesta terça-feira, 2, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP26, em Glasgow, que o país pretende transitar de fontes de energia fósseis para as limpas.
Carlos Agostinho do Rosário afirmou que o país está “determinado em atingir em 2030 a meta de 62 por cento de contribuição de energias renováveis na matriz energética nacional”.
Mas seguindo a linha de outros líderes de países pobres, Do Rosário recordou aos participantes que essa transição será em fases e carece de financiamento.
“Moçambique sozinho, tal como outros países em desenvolvimento, não conseguirá ter os recursos necessários para financiar acções estruturantes para fazer face aos impactos das mudanças climatéricas”, afirmou na ocasião.
O chefe do Governo de Maputo indicou que constitui prioridade para seu país “a implementação de um programa de transição energética assente numa matriz diversificada, com fontes mais limpas e amigas do ambiente, que estão em consonância com os programas de desenvolvimento do nosso país”, mas que deixar de produzir energia com base em fontes fósseis tem custos pelo este processo.
“Moçambique defende uma transição energética para energias mais limpas e amigas do ambiente que seja gradual e faseada de modo a minimizar o impacto no processo de desenvolvimento económico do nosso país”, disse.
Em relação a ao estado do combate aquecimento global, a ambientalista Regina Charrumar disse que o país não pode aparecer nestes fóruns apenas para cobrar pelo financiamento para mitigar os problemas climáticos, devendo priorizar a preservação e restauração dos ecossistemas como os mangais.