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Ann Linsey, de sessenta e cinco anos, estava preocupada com a facilidade que tinha em abstrair-se de tudo o que fazia. Decidiu então participar num estudo da Universidade da Califórnia, publicado na revista Nature, para saber se poderia melhorar as suas capacidades cognitivas.
Ficou impressionada com o resultado. O estudo, liderado pelo neurocientista Adam Gazzaley, constatou que um jogo chamado Neuro Racer pode ajudar os idosos a melhorar a sua capacidade multitarefas, o que pode aplicar-se às tarefas da vida quotidiana.
Seis meses depois os resultados continuam visíveis, como adianta Adam Gazzaley, Diretor do laboratório de neurociência da Universidade da Califórnia:
“Descobrimos que, utilizando o próprio videojogo, as capacidades multitarefas melhoravam, depois de jogá-lo durante um mês. Mas também descobrimos que outras capacidades de controlo cognitivo, que não estavam a ser treinadas, como manter a atenção e a memória, também melhoraram depois do jogo.”
A equipa também gravou a atividade cerebral usando a eletroencefalografia enquanto os participantes jogavam Neuro Racer. Há medida que as suas capacidades melhoravam, também aumentava a atividade no córtex pré-frontal do cérebro, que está associada ao controlo cognitivo.
“Acho que isto demonstra que a mecânica de jogo de vídeo pode ser uma ferramenta muito poderosa para remodelar o cérebro. Esperemos que isso ajude as pessoas que são saudáveis e as não saudáveis”, explica Gazzaley.
Estudos anteriores já tinham sublinhado a ligação entre a formação e o o aumento das capacidades mentais nas pessoas mais velhas e esta investigação é um passo importante nesta matéria. (pt.euronews.com)