Os combates entre forças do Azerbaijão e separatistas arménios no enclave de Nagorno-Karabach continuam e já fizeram perto de uma centena de mortos, incluindo mais de uma dezena de civis, segundo o último balanço oficial.
O Conselho de Segurança da ONU convocou para esta terça-feira uma reunião de emergência para analisar a nova vaga de violência na região, ao mesmo tempo que se multiplicam os apelos à diplomacia, sob receio de que as potências regionais sejam arrastadas para uma nova guerra.
O porta-voz do secretário-geral da ONU,Stéphane Dujarric, afirmou que António Guterres “está bastante preocupado com o retomar das hostilidades na linha de contacto da zona de conflito de Nagorno-Karabach, condena o uso da força e lamenta a perda de vidas e o peso para a população civil.”
Desde domingo, as forças do enclave separatista, apoiadas política, militar e economicamente pela Arménia, enfrentam militares azeris, nos piores combates na região desde 2016.
Uma guerra aberta entre a Arménia e o Azerbaijão poderia desestabilizar o Cáucaso do Sul, sobretudo na eventualidade de uma intervenção da Turquia e da Rússia, potências regionais.
Ancara declarou o apoio às autoridades azeris, enquanto a Rússia, que dispõe de bases militares na Arménia mas mantém boas relações com o Azerbaijão, apelou a um cessar-fogo imediato. Um apelo repetido esta segunda-feira pela União Europeia.
Rússia, França e Estados Unidos compõem o grupo de Minsk da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, que tem trabalhado para tentar obter um acordo de paz permanente para o contencioso de Nagorno-Karach.