A fonte refutava, assim, as declarações do vice-primeiro-ministro, que anunciara que o Conselho Supremo das Forças Armadas tinha decidido o adiamento das eleições para Dezembro.
“O Conselho Militar mantém o que anunciou, que as eleições se realizam no fim de Setembro, obedecendo ao resultado do referendo sobre a reforma constitucional que o povo egípcio aprovou, por esmagadora maioria”, referiu a fonte.
O futuro Parlamento é o responsável pela preparação da nova Constituição antes da realização das eleições presidenciais.
O presidente da Comissão da União Africana declarou, no domingo, em Malabo, que as revoltas populares na Tunísia e no Egipto provaram a necessidade da consolidação da democracia em África.
Jean Ping, falava na abertura da XIX sessão do Conselho Executivo da UA, que reuniu ministros africanos dos Negócios Estrangeiros que preparam a XVII cimeira dos chefes de Estado e de Governo do continente, que se realiza na quinta e na sexta-feira.
O continente africano, disse, registou nos últimos tempos avanços evidentes no domínio do enraizamento da cultura e da governação democráticas. Entre outros exemplos, citou o surgimento de um novo Estado no Sudão, por via referendária, e o regresso à ordem constitucional na Guiné e no Níger.
Estes e outros desenvolvimentos dos últimos tempos, referiu, demonstram que África começa a assumir-se como “potencial locomotiva” do crescimento mundial num futuro próximo. Ping advertiu que estes progressos só são firmes se for criado um melhor ambiente para uma juventude africana “activa, dinâmica e criativa, desejosa de ver as coisas mudarem no continente”.
“É em reconhecimento da importância da juventude e para marcar a sua adesão e o seu apoio às mudanças por ela iniciadas que a UA consagrou a presente sessão da Cimeira ao tema ‘acelerar a formação da juventude para o desenvolvimento sustentável”. Sobre a segurança em geral, regozijou-se com o que considerou “desfecho positivo da crise na Costa do Marfim” e anunciou estarem em curso negociações com a Comunidade dos Estados da África Ocidental “para reconstruir o país”. Ping manifestou-se preocupado pela crise na Líbia e pelos desafios que ela representa para os países limítrofes, como “o fluxo de refugiados, a deterioração da situação dos trabalhadores migrantes, a proliferação das armas e o espectro do terrorismo”.
Fonte: Jornal de Angola