As cenas de violência sucedem-se no Peru, com mais de 20 mortos registados, numa altura em que o Conselho de Estado se reuniu de urgência, acabando por declarar o apoio à atuação da polícia e das forças armadas nestes últimos dias.
Apesar do estado de emergência declarado e do recolher obrigatório, prosseguem os protestos pela libertação do presidente deposto, Pedro Castillo, que enfrenta 18 meses de prisão preventiva.
A contestada nova presidente, Dina Boluarte, veio tentar acalmar os ânimos, dizendo que “este governo de transição está a ouvir os apelos dos milhões de peruanos que legitimamente levantaram a voz”.
No entanto, os ministros da Cultura e da Educação, dois dos maiores aliados de Boluarte, demitiram-se em protesto contra a conduta das autoridades.
Alguns deputados avançaram com a proposta de antecipar as eleições presidenciais para o próximo ano, uma vez que estão marcadas para 2026. Mas ocongresso rejeitou a alteração.
De acordo com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Lisboa está a trabalhar para retirar do Peru o mais rapidamente possível os 65 turistas portugueses que se encontram retidos no país.
EURONEWS