No Congo Brazzaville os dados provisórios das eleições presidenciais deste domingo que apontam para a reeleição de Denis Sassou Nguesso para um quarto mandato, logo à primeira volta, são contestados pela oposição. O chefe de Estado cessante que obteve mais de 88% dos votos.
O anúncio dos resultados, menos de 48 horas após o encerramento das mesas de voto, criou alguma perplexidade junto da oposição.
O respectivo líder faleceu, entretanto, Guy Brice Parfait Kolelas, no início da semana ao chegar a Paris.
Jean-Jacques Yhombi-Opango, aliado de Kolelas, o segundo candidato mais votado, alega que este processo levanta muitas dúvidas.
“Bem gostaria de ver com que material é que conseguiram transmitir os dados da votação !
Mesmo se podemos ter tido avanços nesta área dizem-nos que ainda nem se conseguem dados biométricos por falta de tecnologia !
E aqui… fazer tudo isso tão depressa, não posso deixar de estar surpreendido com o facto !
Isto não me parece normal, todos os dados ainda não chegaram a Brazzaville, pelo que isso é suspeito. ”
A oposição contesta, nomeadamente, os resultados das regiões florestais no norte, a mais de 900 km da capital.
Acusações rejeitadas por Anatole Collinet Makosso, porta-voz da campanha de Sassou Nguesso, para o qual a oposição tinha era que se ter organizado melhor !
“O Estado tem os seus canais de transmissão de informação.
Não é caso para compararmos com um indivíduo qualquer que nem sabe como os obter cá.
Se estivessem bem organizados podê-los-iam obter.
Mas o Estado não deve é subordinar o seu funcionamento à destreza e à diligência, ou não, dos particulares. Tal não é possível !”
A oposição dispunha de três dias a contar da leitura dos resultados provisórios para apresentar um recurso.
As eleições no Congo Brazzaville acompanhadas aqui pela reportagem de Alexandra Brangeon.