O Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, antigo Hospital Sanatório de Luanda, vai mobilizar outras fontes de financiamento e deixar de depender do Orçamento Geral do Estado (OGE), anunciou, esta terça-feira, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
De acordo com a governante, o Ministério da Saúde está a instituir um novo modelo de gestão, que vai mobilizar fontes de financiamento que não as do OGE, com parcerias seguras e criar condições para atender todos pacientes independentemente do seu extracto social.
O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, esta terça-feira, o Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, com capacidade para mais de 300 camas, 212 das quais em quartos de isolamento e 88 enfermarias gerais.
A referida unidade hospitalar dispõe, agora, de um conjunto de componentes tecnológicas, ambulatório, com todas as valências de uma unidade docente, um bloco operatório com quatro salas e cuidados intensivos.
Realce, ainda, para os serviços de broncoscopia, de cirurgia torácica, geral e cardíaca, hematologia, tomografia auxiliar computadorizada, ultra-sonografia, entre outras tecnologias que vão ajudar na formação de especialistas em pneumologia, com destaque para os tisiologistas (responsável pelo estudo das causas, prevenção e tratamento da tuberculose).
De acordo com Sílvia Lutucuta o antigo Hospital Sanatório de Luanda transformou-se de “corredor da morte para corredor da vida”, em alusão ao estado degradante que se encontrava as antigas instalações.
Para a governante, que falava à margem do acto de inauguração, o novo hospital vai reduzir o número de pacientes com necessidades de evacuação para o exterior, obtendo o país enormes ganhos com esta reversão.
Explicou que a unidade vai ser o catalisador na formação e oferta de serviços de saúde especializados, de muita alta qualidade, e ao mesmo tempo o regulador de preços de mercado.
“Aqui serão atendidos pacientes com patologias cardíaca e pulmonar de alta complexidade, referenciados pelo terceiro nível de assistência sanitária, para tratamento intensivo, cirurgia cardíaca, cirurgia pulmonar, com qualidade que serão prestados por profissionais comprometidos”, adiantou.
Sílvia Lutucuta realçou que para garantir o funcionamento desta unidade já estão recrutados mais de dois mil profissionais, nas várias categorias, entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnósticos e apoio hospitalar.
Referiu que este é o maior quadro de pessoal nas unidades hospitalares do país, previsto para três mil 246 trabalhadores e que muitos foram admitidos no concurso público do sector em 2018 e 2019 e com a quota complementar.
Destacou a figura do patrono da instituição, Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, presente no acto, pelo seu empenho e dedicação para bem estar de todos os angolanos.
O arcebispo emérito de Luanda é o único Cardeal angolano. Com 96 anos, continua a servir o país e a Igreja Católica.
A sua trajectória está associada à trajectória política de Angola sob domínio colonial, marcada pela luta de libertação
A sua trajectória está associada à trajectória política de Angola sob domínio colonial, marcada pela luta de libertação nacional até à independência.