Influente, temida por setores da esquerda e um dos braços fortes da direita, a bancada evangélica teve uma ligeira diminuição no número de membros na comparação entre o número de parlamentares em 2018 e os que se elegeram neste ano.
De acordo com os cálculos do pesquisador Guilherme Galvão Lopes, da Fundação Getulio Vargas (FGV), em 2018 foram eleitos 84 parlamentares evangélicos. Neste ano, ele estimou o número de eleitos entre 60 e 65.
Galvão e outros especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, avaliam que parte da responsabilidade por essa redução se deu pelo crescimento do chamado bolsonarismo, uma corrente política conservadora liderada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Se por um lado o número de evangélicos eleitos caiu, por outro, a bancada do PL, partido de Bolsonaro, saiu de 33 deputados federais em 2018 para 99 em 2022.
Apesar disso, os especialistas afirmam que a redução da bancada evangélica não deverá significar uma diminuição da influência da pauta religiosa conservadora no Parlamento.
Por Leandro Prazeres