O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) reúne-se esta terça-feira, 16 de Março, para discutir a vacina contra a covid-19 AstraZeneca/Oxford. Em Cabo Verde, o Partido Popular (PP) pede ao governo a rejeição da vacina da AstraZeneca.
O Partido Popular pediu ao governo e às autoridades cabo-verdianas que tivessem precaução na administração da vacina AstraZeneca, contra a Covid-19. Durante a reunião quinzenal desta formação política chegou a ser defendida a suspensa da vacina até que houvesse novas evidências científicas quanto aos efeitos colaterais.
Cerca de 14 países suspenderam o uso da AstraZeneca, entre os quais a Alemanha, França, Itália, Dinamarca, Noruega, Irlanda, Bulgária, Estónia, Lituânia, Letónia, Luxemburgo, Indonésia e os Países Baixos. Já a Áustria e a Espanha suspenderam o uso de lotes específicos.
“Apelamos ao governo a terem precaução, já que nove países suspenderam a aplicação da vacina e consideramos que as autoridades devem repensar, se não suspender a aplicação dessa vacina, até que haja evidências científica sobre os efeitos colaterais dessa vacina”, apontou no domingo o Partido Popular.
Cabo Verde recebeu 24.000 doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca na sexta-feira passada e 5.850 da Pfizer. O executivo quer lançar a vacinação nacional esta sexta-feira, 19 de Março, assumindo a meta de vacinar 70% da população até final do ano.
OMS reunida para discutir vacina da AstraZeneca
Tedros Adhanom Ghebreyesus garantiu esta terça-feira que o comité “está a rever os dados disponíveis” sobre a vacina AstraZeneca/Oxford e que se vai reunir durante o dia de hoje.
O anúncio surge em resposta à posição de vários países europeus que decidiram, por precaução, suspender a administração da vacina após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com esta vacina.
O director geral da OMS assegurou ainda que o comité de peritos da OMS para a segurança das vacinas “está em contacto estreito” com Agência Europeia do Medicamento, que se reúne na quinta-feira para avaliar a vacina AstraZeneca/ Oxford. A OMS tem vindo a defende que “não há razão para não usar esta vacina”.