O presidente colombiano, José Manuel Santos pediu, que não apenas os colombianos mas toda a comunidade internacional condene as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), após a morte de 4 reféns executados pela guerrilha marxista no sábado. Os três policiais e um militar foram mortos como represália a uma operação do exército que queria resgatá-los.
Segundo o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzon, os quatro homens foram assassinados no departamento de Caquetá, no sul do país, em meio aos combates entre os guerrilheiros e os militares. Entre os mortos está o militar José Libio Martínez , sequestrado há 14 anos pelas Farc e o refém mais antigo da guerilha.
Pizon explicou que minutos após o início dos combates, os corpos dos 4 reféns foram encontrados, três com disparos na cabeça e um atingido por tiros nas costas. No entanto, o ministro da Defesa anunciou como boa notícia a fuga do sargento Luis Alberto Erazo Maya, que ao ouvir os primeiros tiros decidiu fugir e foi encontrado com vida, refugiado na floresta.
Segundo o ministro, o policial que estava sequestado há 11 anos foi perseguido por três guerilheiros que lançaram granadas, provocando ferimentos em seu rosto. Sem dar detalhes, Pinzon afirmou que ele sofreu outros ataques à sua “integridade física”.
O presidente colombiano reagiu imediatamente e disse se tratar de “um crime atroz, que merece ser condenado por todos os colombianos e pela comunidade internacional”. Santos disse que “o único responsável por esta ação vil e por este crime contra a humanidade é a FARC.”
E acrescentou: “Imagino que eles vão querem dizer que foram as forças de ordem as responsáveis por esses crimes. Simplesmente exige-se o bom senso de colocar toda a responsabilidade sobre aqueles que os sequestraram e puxaram o gatilho”.
Críticas
Com as declarações, o presidente colombiano visa retrucar às críticas dos opositores às operações militares do exército para combater as FARC e que pedem diálogo com a guerrilha para evitar colocar a vida dos reféns em risco.
O anúncio da morte dos reféns desencadeou uma onda de críticas por parte da Associação de defesa dos familiares dos reféns, Asfamipaz, contrária a intervenções militares. “Cada dia nossa dor aumenta”, afirmou a presidente da associação, Marleny Orjuela, denunciando uma falta de humanidade da parte do governo e também dos guerrilheiros.
A oposição apelou para uma “política de paz” e “uma negociação em torno do conflito armado para que ponha fim à violência irracional e os assassinatos”.
As FARC que até a noite de sábado ainda não tinham emitido nenhum comunicado sobre as mortes, detinha até então 18 militares e policiais que era considerados como “reféns políticos” e que poderiam ser trocados por 500 guerrilheiros presos.
Fonte: RFI
Foto: RFI