Na Guiné-Bissau o PAIGC, partido mais votado nas últimas eleições legislativas, suspendeu Suzy Barbosa, actual chefe da diplomacia, durante cinco anos. As sanções visaram também o presidente do parlamento e um antigo primeiro-ministro.
A decisão de suspender a chefe da diplomacia guineense foi tomada pela instância judicial do partido, e é fundamentada com o facto de Suzy Barbosa ter assumido funções no actual governo sem anuência do PAIGC.
O partido acusa Suzy Barbosa de o ter prejudicado, de desrespeito aos estatutos e ainda de ter apoiado Umaro Sissoco Embaló, quando aquele buscava reconhecimento internacional.
A postura de Barbosa verificou-se numa altura em que estava em causa uma disputa eleitoral, entre Sissoco Embaló e Domingos Simões Pereira, presidente do partido.
Embaló e Simões Pereira estavam a disputar a vitória nas eleições presidenciais, em que ambos concorreram numa segunda volta.
Suzy Barbosa, que é deputada eleita pelo PAIGC, na zona leste da Guiné-Bissau, fica, por conseguinte, suspensa de militância no PAIGC, nos próximos cinco anos.
O partido diz que Barbosa nunca respondeu a uma nota de culpa, que lhe foi formulada, assim como nunca reagiu às notificações da instância judicial do PAIGC.
O referido órgão fez também uma repreensão escrita a Cipriano Cassama, presidente do Parlamento e vice-presidente do PAIGC, e a Artur Silva, antigo Primeiro-ministro e membro do “bureau” político do partido.
Ambos são repreendidos, sobre a necessidade de respeito aos estatutos e disciplina partidária.