O principal órgão regulador norte-americano de aviação defendeu nesta sexta-feira a Agência de Aviação Federal (FAA) dos Estados Unidos de acusações de um funcionário do órgão que disse a investigadores que inspectores de segurança que trabalharam na certificação do Boeing 737 MAX possivelmente não eram qualificados para o trabalho. A notícia está a ser avançada pelo Expresso.
De acordo com esta agência de informação, Dan Elwell, administrador da FAA em exercício, disse que o Escritório de Auditoria e Avaliação da FAA realizou uma investigação em novembro sobre as preocupações levantadas por um inspector de segurança da aviação que alegou que os fiscais não atendiam aos requisitos obrigatórios de treinamento. Elwell disse que as alegações do funcionário não envolvem inspectores que avaliaram o altamente criticado software antistol do 737 MAX.
Os comentários de Elwell foram enviados em uma carta ao senador norte-americano Roger Wicker. No início desta semana, o senador republicano disse em uma carta à FAA que inspectores não qualificados podem ter falhado na avaliação do software 737 MAX.
Wicker também disse que informações de denunciantes e documentos mostraram que a FAA foi notificada sobre as preocupações com treinamento e certificação em Agosto de 2018, antes de um acidente com um jato do modelo na Indonésia.
Elwell disse que as alegações são específicas do grupo de avaliação de aeronaves. Enquanto os inspectores em questão não trabalhavam no 737 MAX, ele não especificou qual aeronave eles poderiam ter inspeccionado.
A FAA tem sido criticada por delegar algumas responsabilidades de certificação à Boeing e a outros fabricantes.
“Encorajamos todos os funcionários a levantar questões que possam comprometer nossos padrões de segurança por meio da utilização de uma forte proteção aos denunciantes e programas internos de investigação”, escreveu Elwell.