Centenas de ativistas do clima foram presos neste sábado (5) depois de invadir o aeroporto Schiphol de Amsterdã, na Holanda, e ocupar por várias horas uma plataforma de jatos particulares.
Os manifestantes, muitos vestindo moletons brancos ou coletes refletivos, entraram e correram para as pistas do aeroporto por volta das 12h GMT (9h de Brasília). Depois se sentaram na frente de mais de uma dúzia de aviões particulares estacionados para impedir sua saída.
Segundo os manifestantes, pelo menos um piloto abandonou sua aeronave e voltou ao hangar diante da impossibilidade de sair.
No protesto, organizado por grupos de ativismo ambiental como Greenpeace e Extinction Rebellion, os ativistas também usaram bicicletas e gritaram palavras de ordem como “abaixo o voo” e “poluidor ambiental de Schiphol”, sob aplausos dos espectadores do outro lado da cerca.
“A ação de hoje é sobre a necessidade do aeroporto de Schiphol reduzir suas emissões”, afirmou a porta-voz do Greenpeace, Faiza Oulahsen. “Começamos por esses voos que não precisamos, como jatos privados e voos curtos”, disse à AFP.
Três horas após o início do protesto, a polícia de fronteira holandesa começou a prender manifestantes, alguns dos quais foram arrastados após resistir passivamente à detenção.
A polícia também foi vista jogando no chão vários que tentavam escapar de seus perseguidores de bicicleta.
Os manifestantes foram levados para os escritórios da polícia de fronteira ao redor do aeródromo para serem processados e identificados, informou à AFP o porta-voz da polícia de fronteira, major Robert van Kapel.
Mais tarde, o Greenpeace indicou que a polícia havia sido “muito dura com os ativistas nas bicicletas” e relatou que pelo menos uma pessoa ficou ferida.
Esse protesto ocorre às vésperas da COP27, a cúpula climática da ONU, que começa no Egito neste domingo e que, segundo ativistas, também deve se voltar aos aviões, “os maiores poluidores do planeta”, de acordo com a Extinction Rebellion.
AFP