“Amanhã [sexta-feira] haverá, com certeza, uma decisão, mas estou convencido que será dada no sentido da defesa dos valores estruturantes da nossa comunidade”, disse aos jornalistas.
A Guiné-Bissau ficou isolada no seio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), na sequência do golpe de Estado de abril último, que derrubou o governo legítimo do país, e a nova liderança não foi sequer convidada a estar presente na cimeira de Maputo.
O pedido de adesão a membro pleno da Guiné Equatorial continua a causar reticências na comunidade lusófona, com muitas vozes a questionarem o “fraco registo” de defesa de direitos humanos do regime e os “poucos passos” que foram dados para alterar a situação.
Os dois casos deverão ser analisados na reunião de sexta-feira, que junta chefes de Estado e de governo dos oito países e que marca a transição da presidência rotativa da CPLP, de Angola para Moçambique.
“Portugal confia muito no impulso que a presidência moçambicana irá dar à CPLP”, disse Aníbal Cavaco Silva, exemplificando com o reforço “da concertação política e diplomática entre os Estados-membros” e da “implantação da língua portuguesa na cena internacional”.
“Portugal orgulha-se de pertencer a uma comunidade presente em quatro continentes”, reforçou o Presidente da República, que esta manhã se reuniu com o seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza, em Maputo.
Criada em julho de 1996, a CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
FONTE: Lusa