O presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Fernandes, apelou, este sábado, aos membros da coligação a serem resilientes e manterem-se firmes, perante os resultados adversos das eleições de 24 de Agosto.
De 16 deputados nas eleições gerais de 2017, a coligação não elegeu qualquer representante à Assembleia Nacional (Parlamento angolano) no pleito de Agosto do ano em curso.
Ao intervir no Conselho Consultivo daquela força política, Manuel Fernandes apelou à união, ao trabalho abnegado, espírito de inovação e honestidade, tendo em vista os futuros desafios da coligação.
“Temos de estar cientes que estamos perante a um novo cenário que nos remete a uma profunda reflexão sobre o presente e o futuro da coligação”, expressou o líder da CASA-CE.
Defendeu, na ocasião, a necessidade de os membros analisarem as falhas cometidas
na preparação e durante o processo eleitoral, que originaram a perda dos 16 assentos na Assembleia Nacional.
Manuel Fernandes reconheceu ter havido falhas na execução de orientações, entre outras, na execução da estratégia eleitoral no contacto com os cidadãos e no recrutamento dos delegados de listas.
Em relação ao recrutamento dos delegados de listas que, posteriormente, se manifestarsm para exigir, em diferentes províncias do país, o pagamento pelo trabalho realizado, afirmou que tal ocorreu por incumprimento das delegações municipais das orientações emanadas.
Segundo o político, foi orientado que se recrutasse militantes da coligação para exercerem este papel, ao invés de terem contratado pessoal, sob o princípio de prestação de serviço.
Balanço de contas
Informou por que a coligação já procedeu à entrega, ao Tribunal de Contas, do balanço financeiro referente às eleições de 24 de Agosto último.
Sob o lema “Repensar a CASA-CE face ao contexto presente”, o Conselho Consultivo
está a analisar a situação da CASA-CE antes e durante as eleições, o relatório narrativo e financeiro da pré-campanha e campanha eleitoral.