A CASA-CE procedeu no último sábado (05.03) o lançamento da consulta pública de recolha de contribuição para seu programa de Governo para o período 2022–2027. E esperam um “instrumento de salvação da pátria”, diz líder.
A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) liderada por Manuel Fernandes, disse hoje que quer ter pontos de vistas dos angolanos residentes no país e no exterior sobre o que gostariam que fosse implementado pelo Governo a ser eleito nas eleições gerais de agosto.
O presidente desta coligação, que é a terceira força política angolana, espera que o programa de Governo, que virá das sugestões dos eleitores seja um “verdadeiro instrumento de salvação da pátria”.
“Na senda daquilo que é a nossa política, trouxemos um elemento novo. O que é regra, os programas são refletidos em quatro paredes pelas direções dos partidos, e depois levados para a sociedade”, disse.
“Preocupações dos cidadãos”
“A CASA-CE está a inverter, ouvindo primeiro, a preocupação dos cidadãos, para que o nosso programa de Governo dê resposta às necessidades dos mesmos”, disse Manuel Fernandes.
O processo de consulta pública terá a duração de um mês, e o líder da CASA-CE apela à participação massiva de cidadãos e associações profissionais.
Manuel Fernandes afirma que nenhum plano de governação terá sucesso se não produzir resultados satisfatórios para os anseios da população.
O presidente da CASA-CE defende que, em Angola, é preciso pôr fim ao que chama de “arrogância dos políticos e dos governantes” e que coloca o eleitor na condição de “mendigo”.
“Nenhum político, dirigente no Governo ou nos partidos tem sucesso sem a ação do povo. Pois, os nossos partidos e governos são suportados maioritariamente, graças ao voto na escolha, e no bolso enquanto contribuinte”.
Manuel Fernandes afirma que, raramente, as ideias do povo sem refletem nas políticas públicas e nos programas de governação executados.
Por isso, a CASA-CE quer fazer a diferença, diz o político angolano.
“Erradicação geral da pobreza”
O candidato da coligação para as eleições gerais diz que a organização vai ouvir os cidadãos para a erradicação geral da pobreza no país.
“Se a China e Dubai conseguiram em pouco tempo, porque não é possível que Angola consiga sair da pobreza? Com a CASA-CE, será efetivamente possível” garante Manuel Fernandes, reafirmando que a sua formação política está preparada para os desafios eleitorais.
“É esta a nossa convicção, o nosso pacto com a pátria é a prova inequívoca de que a CASA-CE, apesar de todas as Calúnias, continua igual a si mesma, distante de posições e ações emocionais, fundamentalistas, bajuladoras e de populismo”.
Sobre a polémica contratação da consultora espanhola INDRA para gestão do processo eleitoral em Angola, o presidente da CASA-CE anunciou que vai reunir nos próximos dias com o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), só assim, poderá julgar o assunto.
Manuel Fernandes avisa que a CASA-CE está disposta a impedir todas as manobras que possam “inquinar” o resultado das eleições.
O dirigente partidário defende ações conjuntas entre todas as forças políticas da oposição no combate à fraude eleitoral.
“Sobre os processos eleitorais, chega de lamentações. Mais do que grupos que podem frear a livre escolha e concorrência de diferentes forças políticas, é o momento da oposição juntar-se para prever visões e ações estratégicas concretas que visam travar as eventuais manobras eleitorais”, frisou o líder.