Um candidato à presidência do Equador foi morto a tiro ontem quarta-feira.
Escoltado por seguranças e rodeado de apoiantes, Fernando Villavicencio saía de um comício numa escola em Quito, a capital do país, quando começaram os disparos.
“Rios de prata e riqueza foram parar aos bolsos de criminosos de colarinho branco, de camisa guayabera e até de poncho”, disse o ex-jornalista no seu discurso dentro da escola.
“Porque a corrupção não discrimina. Na corrupção, há criminosos de todas as cores e sabores”, acrescentou.
Villavicencio era uma das vozes mais críticas da corrupção no país. Apresentou várias queixas judiciais contra a elite política do governo do antigo presidente Rafael Correa, incluindo o próprio ex-líder.
O atual presidente Guillermo Lasso sugeriu que o crime organizado estaria por detrás da morte do candidato.
“Garanto-vos que este crime não vai ficar impune. O crime organizado foi longe demais, mas eles vão sentir o peso todo da lei”, assegurou o chefe de Estado.