Joice Zau, é uma activista artística, que através da poesia expressa os seus descontentamentos em volta dos vários acontecimentos que assolam o país, será a primeira angolana a participar no Campeonato Mundial de Poesia Falada, marcado para 27 à 29 de Setembro, em Bruxelas.
A dona do título ‘Activista Artística Africana do ano’, ficou conhecida após declamar um poema num ‘poetry slam’ (concurso de poesia falada), onde a jovem talentosa chamou a atenção de todos, pela forma emotiva e expressiva que a mesma declama os seus poemas, sobretudo pelo conteúdo, que normalmente gira em torno de críticas dirigidas as autoridades angolanas.
Nos seus versos, através da metáfora, Joice lamenta a injustiça recorrente que observa em várias situações que ocorrem no país.
“É injusto que a bandeira que um dia erguemos continue a debotar o sangue das nossas dores e evapore os nossos sonhos, já não temos pin nem puk. Angola está bloqueada. Não há luz no fim do túnel”, lê-se em alguns dos seus versos.
No seu perfil do Instagram, nesta segunda-feira, 26 de Setembro, a artista partilhou uma sequência de fotografias registadas do instante antes de partir. Na legenda Joice lamentou a falta de apoio dos órgãos de comunicação e portais nacionais no que diz respeito a cobertura daquilo que faz pelo país, contou ainda que além de Angola, estará também a representar o Brasil na referida competição mundial.
Joice Zau, começou a escrever poesia em 2018, mas foi em 2020 que ganhou visibilidade, com o poema “Em 2022 vão gostar”. É detentora de quatro títulos Activista, nomeadamente ‘Artística Africana do ano’, ‘Vice-campeã copa América de Slam’, Campeã Slam Brasil, ‘Campeã Copa Lusófona feminina Slam’.