A calma voltou – para já pelo menos – à vila de Lützerath, localizada entre Düsseldorf e Colónia, no rescaldo de uma jornada intensa marcada por confrontos entre a polícia e manifestantes no terreno.
Este sábado, milhares de pessoas protestaram contra a expansão de uma mina de carvão a céu aberto na área da Alemanha Ocidental.
A mina de Garzweiler é detida pela empresa de gás natural RWE, que chegou a um acordo com o estado alemão.
Lützerathdeve desaparecer para permitir a extensão da mina de lignite (carvão fóssil) da RWE.
Os ativistas dizem que o desenvolvimento da mina se vai traduzir em grandes quantidades de emissões de gases com efeito de estufa.
Durante a ação de protesto deste sábado contaram com um reforço de peso: a ativista Greta Thunberg.
“Continuamos a destruir os nossos habitats naturais e continuamos a discriminar e a oprimir as pessoas. É vergonhoso que o governo alemão esteja a fazer acordos e compromissos com empresas de combustíveis fósseis, como a RWE”, sublinhou a ativista climática.
Rica em carvão, a vila de Lützerath, já desocupada, está prestes a ser demolida.
Os ambientalistas falam num pacto com o diabo. Já o governo alega que a extensão da mina é necessária em nome da segurança energética da Alemanha, à procura de alternativas para compensar a interrupção no abastecimento de gás da Rússia.
A operação de evacuação da vila é politicamente delicada para a coligação liderada pelo chanceler alemão Olaf Scholz, com o apoio dos “Verdes” e dos liberais.