Porta-voz do secretário-geral da ONU confirma que país será um dos primeiros a poder comprar e administrar em África em breve
Cabo Verde poderá começar a vacinar 35 por cento da sua população dentro em breve, ao receber vacinas contra a Covid-19 através da iniciativa Covax, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e destinada a cerca de 95 países menos desenvolvidos e pobres.
O porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Stéphane Dujarric, confirmou nesta segunda-feira, 22, que “nas próximas semanas, Cabo Verde vai poder comprar e administrar vacinas para cerca de 200 mil pessoas, o que representa 35% da população”.
Na conferência de imprensa diária, Dujarric acrescentou que a equipa da ONU no país “está orgulhosa em informar que Cabo Verde foi confirmado como um dos primeiros países africanos a receber o primeiro lote pela Covax”.
“Nas próximas semanas, Cabo Verde vai poder comprar e administrar vacinas para cerca de 200 mil pessoas, o que representa 35% da população”, acrescentou Dujarric, lembrando que o arquipélago foi o primeiro país africano a receber apoio económico do Banco Mundial para comprar vacinas, no passado dia 11, através de um financiamento adicional de cinco milhões de dólares.
Este anúncio, ainda segundo aquele porta-voz, é fruto de um trabalho de quatro meses da OMS, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com a liderança da coordenadora residente da ONU na Praia, Ana Patrícia Graça, para “apoiar o Governo a desenvolver um plano nacional de vacinação e fazer parte da Covax”.
Além de Cabo Verde, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste vão beneficiar, no total, de cerca de 14 milhões de doses na primeira fase de distribuição.
A Covax é uma iniciativa conjunta da OMS e da Aliança para o Acesso às Vacinas (GAVI) para fornecer vacinas países menos desenvolvidos e pobres.