O Tribunal de Relação de Barlavento, decidiu extraditar para os Estados Unidos o empresário colombiano Alex Saab, alegado testa-de-ferro em negócios de corrupção do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a defesa vai recorrer da decisão.
O Tribunal da Relação de Barlavento decidiu esta terça-feira, 4 de Agosto, a extradição do empresário colombiano, Alex Saab Naín Moran, para os Estados Unidos, onde será julgado por sete crimes de lavagem de instrumentos monetários e um de conspiração para cometer lavagem de dinheiro.
O antigo embaixador cabo-verdiano nas Nações Unidas e noutros países, Fernando Wahnon afirma que é natural que o regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, possa não ficar satisfeito, mas explica que Cabo Verde agiu como se deve esperar de um país, que respeita o direito e as normas internacionais.
João do Rosário um dos advogados de defesa do alegado testa-de-ferro em negócios de corrupção do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse à rádio pública, que não concorda com a decisão e vai recorrer junto do Supremo Tribunal de Justiça.
“O acórdão ordena extradição do cidadão Alex Saab Naín Moran para os Estados Unidos da América (…) obviamente que merece a nossa discordância e nós vamos em sede própria, que é o recurso, atacar esta decisão” disse João do Rosário.
A defesa de Alex Saab, alega que o Tribunal da Relação de Barlavento decidiu de forma arbitrária, ao executar a entrega “ao agente perseguidor por razões políticas”, em referência aos Estados Unidos.
O principal argumento da defesa de Alex Saab, encabeçada pelo escritório de advocacia do ex-juiz espanhol Baltasar Garzón é que o empresário agia como enviado especial do Estado venezuelano, por isso o direito internacional o protege.
Os advogados de Alex Saab, detido na ilha do Sal a 12 de Junho, prometem continuar a lutar para que a extradição de Alex Saab não aconteça e têm 10 dias para recorrer ao Tribunal Superior.