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Sábado, Novembro 23, 2024

Cabo Verde: Governo pede ajuda às igrejas para combater violência urbana

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O aumento da violência urbana em Cabo Verde, em particular na capital, Cidade da Praia, levou o Governo a procurar ajuda para uma combate integrado desse fenómeno que tem ganho proporções preocupantes.

Além das medidas de políticas, que passam principalmente pelo combate ao desemprego, o Executivo decidiu procurar as igrejas como braço do trabalho social e junto das famílias.

As instituições religiosas consideram que a situação é complexa, mas mostram-se como sempre, disponíveis para reforçar o trabalho no campo educativo e a base familiar.

A ministra da Justiça, Joana Rosa, iniciou contactos com líderes católicos na Cidade da Praia para afinar ideias e encontrar os melhores mecanismos para atenuar a onda de criminalidade que volta a preocupar a população e as autoridades.

“Sabemos que há uma vontade enorme das igrejas em envolver-se e ajudar para que haja paz social nas comunidades… mas as igrejas precisam de um sinal do poder público, por isso esses contactos que estamos a estabelecer”, explica Rosa.

 - portal de angola
Joana Rosa ministra da Justiça de Cabo Verde<br >DR

Ante a complexidade do problema, o padre Edson Bettencourt enaltece a iniciativa da governante e diz que a Igreja Católica está sempre disponível a dar a sua contribuição, desde logo no reforço do trabalho educativo.

“Trata-se de uma tarefa árdua que começa muito cedo nas actividades de catequese com as crianças, sobretudo para se criar um ambiente e sentimento de paz nos corações e, depois também desembocará na paz social, por isso devemos trabalhar juntos, canalizamos as nossas forças, energias, capacidades e conhecimentos para sanar e curar a nossa sociedade”, diz aquele pároco.

A melhoria das condições socioeconómicas das populações é fundamental, mas não menos importante a formação base, moral e espiritual.

Neste capítulo o pastor Adérito Silves Ferreira diz que a Igreja do Nazareno está pronta para dar a necessária contribuição.

“As parcerias sempre foram importantes em outras áreas e obviamente penso que nesta área da criminalidade as confissões religiosas podem e certamente vão dar a sua ajuda, e a nossa contribuição inserida na problemática da família e é lá que vamos continuar a agir”, sublinha aquele líder.

A ministra da Justiça vai manter contactos com outras entidades religiosas.

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